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Investimento em imóvel rendeu 15,3% ao ano na última década, conclui Abrainc

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Investimento em imóvel rendeu 15,3% ao ano na última década, conclui Abrainc

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) calcula que o investimento em imóveis tenha rendido, em média, 15,3% ao ano na década que vai de 2009 a 2019. A soma considera tanto o retorno médio do aluguel, de 5,9% ao ano, como a valorização dos imóveis de 9,4% ao ano.

O período foi marcado por altos e baixos. De 2009 a 2014, houve o boom do mercado imobiliário, com alta nos preços dos imóveis e valorização anual de quase 25% sobre o preço de compra. Nesse período, um imóvel de, por exemplo, R$ 100 mil passava a valer em média R$ 125 mil dentro de um ano.

A partir de 2015, no entanto, o percentual médio de valorização caiu para menos 1% ao ano até chegar em patamares negativos, de desvalorização dos imóveis de 2017 em diante.

Desde então, existe uma expectativa de recuperação do setor imobiliário. A passos ainda lentos, a curva vem voltando a virar para cima, com tendência de alta. De 2018 para 2019, ainda houve desvalorização média, mas cada ano menor.

No atual contexto de juros baixos, com Selic de 2,25%, o investimento em imóvel fica ainda mais atrativo e vantajoso, principalmente quando é comparado com a renda fixa e considerando que os ativos reais tendem a se valorizar com juros baixos, diz o presidente da Abrainc, Luiz Antonio França.

Para França, o mercado imobiliário tem se mostrado resiliente, mostrando uma rentabilidade boa no longo prazo, mesmo diante de momentos de dificuldades. Ele destaca que o alto déficit habitacional no Brasil é um dos incentivadores do mercado.

Em 2017, o déficit era de 7,8 milhões de unidades, segundo um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Abrainc.

Tem tanta gente que precisa comprar imóvel que mesmo com a crise o mercado segue. O financiamento está mais barato e mais longo no mercado brasileiro e as pessoas acabam comprando o imóvel que caiba no bolso dela e vai ter um ativo com tendência de valorização, afirma.

O executivo defende que os próximos 10 anos devem ter um rendimento similar ao que foi visto na última década. Isso depende de como o mercado interno vai reagir ao fim da pandemia. Não há garantias de que haja nova explosão de preços de imóveis como de 2009 a 2014.

Mas se houver uma combinação de melhora no emprego e manutenção dos juros baixos, deverá haver expansão do mercado imobiliário, diz França.

O investimento em imóveis bateu aplicações atreladas ao CDI nos últimos 10 anos. No entanto, é importante lembrar que o investimento em imóveis não se trata de renda fixa.

Os ganhos são variados e podem trazer riscos próprios do setor, como a vacância (quando seu imóvel fica vazio, sem locatário), desvalorização da região e do bem e ainda custos de manutenção.

Fonte: Portal globo.com

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